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Emicol otimiza atuadores eletromagnéticos e reduz custos de desenvolvimento usando simulação Ansys

Equipamentos Industriais Eletrônicos Casos de sucesso

No universo da engenharia, otimizar o desenvolvimento de produtos é um desafio constante. Para empresas como a Emicol, que fabrica atuadores eletromagnéticos e outros componentes cruciais para a indústria, a busca por maior precisão, eficiência e velocidade é incessante. Por muito tempo, a empresa realizou análises que dependiam de teorias e protótipos físicos, resultando em ciclos de desenvolvimento longos e com menor assertividade.

Em um processo tradicional, isso significa uma série de iterações de protótipos. Cada “rodada” gera novas amostras físicas para testes, e o tempo para entender a fundo a física das falhas é considerável. Essa abordagem, embora funcional, não era a mais eficiente em termos de tempo e custo. A necessidade de otimizar o tempo de desenvolvimento e compreender ao máximo os efeitos de cada fator que influencia o desempenho do produto fez com que a empresa buscasse o apoio de novas ferramentas. Foi nesse contexto que a empresa procurou a ESSS, um Ansys, parte da Synopsys, Apex Channel Partner no Brasil, a fim de integrar a engenharia virtual para análises de diferentes fenômenos físicos a partir das ferramentas de simulação computacional.

A remanência magnética: um caso resolvido com o Método de Elementos Finitos e o Ansys Maxwell®

Um exemplo claro da transformação nos processos da Emicol é a abordagem para resolver o problema da força residual em atuadores eletromagnéticos. Esse fenômeno, causado pela remanência magnética (Br) – o magnetismo que persiste em um material ferromagnético após o campo magnético externo ser desligado, pode impedir o retorno do atuador à sua posição inicial, mantendo o componente em uma posição que não deveria, comprometendo fatalmente a precisão e a confiabilidade do sistema.

Figura 1 – Modelo do atuador eletromagnético.

A partir do uso do Ansys Maxwell®, uma ferramenta baseada no Método de Elementos Finitos (MEF), voltada a análises eletromagnéticas de baixa frequência, os engenheiros da Emicol puderam:

  1. Diagnosticar o Problema com Precisão Cirúrgica: Anteriormente, a identificação exata da magnitude e do impacto dessa força residual era um desafio. Utilizando o Ansys Maxwell®, a Emicol conseguiu modelar o atuador virtualmente e quantificar a força residual gerada por materiais como o aço SAE 1006. As simulações demonstraram claramente que essa força era suficiente para manter o núcleo do atuador em uma posição indesejada, validando o problema de forma inquestionável e fornecendo dados concretos para a solução.
  2. Otimizar Materiais e Validar Escolhas: Com o diagnóstico em mãos, o próximo passo foi buscar materiais alternativos. A ferramenta Maxwell permitiu à equipe da Emicol testar virtualmente a substituição do aço SAE 1006 por materiais com menor remanência, como o aço silício M600-65A. As simulações não só indicaram uma redução drástica da força residual com o novo material, como também asseguraram o retorno adequado do núcleo. Essa capacidade de testar materiais em ambiente virtual é um ganho inestimável, eliminando a necessidade de múltiplas iterações de protótipos físicos e gerando economias significativas de tempo e recursos.
  3. Refinar Geometrias para Melhor Desempenho: Além da seleção de materiais, a simulação por meio do Ansys Maxwell® permitiu à Emicol otimizar o design geométrico do atuador, com foco especial no entreferro – a pequena folga de ar entre as partes magnéticas. Variando essas dimensões no ambiente virtual, a equipe pôde realizar uma análise paramétrica eficiente, encontrando a configuração ideal que minimizava a remanência sem sacrificar o desempenho geral de atuação do componente.

Figura 2 – Malha do modelo de elemento finito.

Os resultados das simulações no Ansys Maxwell® confirmam que escolher bem materiais ferromagnéticos com baixa remanência e otimizar a geometria do atuador são estratégias complementares e muito eficazes para resolver o problema da força residual.

Engenharia de simulação e atuadores robustos

Para os engenheiros da Emicol, a simulação não é só uma ferramenta de análise; é uma base essencial da engenharia preditiva, permitindo não só identificar falhas antes da fabricação, mas também testar e validar soluções inovadoras. Dessa forma, a empresa otimiza o desempenho dos produtos, reduz custos de protótipos e consegue chegar ao mercado mais rápido e com confiabilidade.

Hoje, as ferramentas Ansys são parte integrante do cotidiano da Emicol, sendo aplicadas no desenvolvimento de uma vasta gama de produtos, incluindo atuadores eletromagnéticos, válvulas, motores, eletrobombas e transformadores de tensão. Essa integração não só impulsiona a inovação, mas também posiciona a empresa na vanguarda da engenharia de seus segmentos.

Para conhecer mais sobre o caso da aplicação da simulação nos atuadores da Emicol, acesse o artigo “Analysis and Solution of Residual Force in Electromagnetic Actuators”.

Sua empresa também busca otimizar o desenvolvimento de produtos e reduzir custos? Fale com um especialista em simulação Ansys da ESSS e descubra como podemos apoiar seus projetos.

 


Texto baseado no artigo Analysis and Solution of Residual Force in Electromagnetic Actuators, publicado na 2025 IEEE International Electric Machines & Drives Conference (IEMDC). Autores: Iago José Ferreira, USP, Brasil; Ian Gabriel Silveira, USP, Brasil ; Maurício B. de C. Salles, USP, Brasil; Paulo Alberto Moraes, USP, Brasil.



Senior Marketing Analyst, ESSS

Redator formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com especialização em Digital Video Production pela Japan International Cooperation Agency (JICA). Especialista em estratégias de marketing digital, campanhas e produção de conteúdo B2B e B2C, nos idiomas português, inglês, espanhol e italiano, voltados para o setor de tecnologia. Atua como redator sênior na ESSS desde 2019.